
Em voga em todos os jornais do mundo, as eleições nos Estados Unidos são, de fato, de interesse mundial, devido a força econômica e cultural estadunidense. Aos interesses do Brasil, cabe dizer que a política externa americana tende a manter-se como está independentemente do candidato vitorioso nas eleições oficiais do dia quatro de novembro. Com toda a burocracia que envolve o pleito, a política metodicamente aplicada pelos americanos pode ser um exemplo para o Brasil. Porém, o nosso mimetismo dá-se apenas no âmbito cultural das grandes potências. No Brasil, o processo eleitoral é construído em atitudes escusas e improbidades dos partidos. A constante troca de partido pelos mandatários foi um grande problema extirpado da política nacional nesse ano, entretanto ainda tem-se muito a melhorar. O pluripartidarismo brasileiro podia tornar-se bilateral, como uma forma de traçar planos concisos de governo e diminuir a lambança de valores que se vê nos partidos: uma infinidade de siglas que criam dogmas desnecessários e facilitam o processo de ilegalidades no processo eleitoral. À ótica simples, a forma de fazer política americana é que precisa ser observada. Sem loas, não há nuanças que diferem os ideais democratas e republicanos. Diferentemente dos conflitos “ideológicos” que há no Brasil, os Estados Unidos é unificado e conservador no simples ideal de nacionalismo genuíno, que falta ao brasileiro desde o Estado Novo.
Alguns aforismos que mostram o espírito nacionalista da retórica de Obama, fugidia, como exceção à regra, no governo Bush:
"Yes, we can"
(Literalmente: "Sim, nós podemos")
É o grito de guerra de Obama. A frase é concisa, as palavras são curtas, o ritmo é marcado. Nos comícios, a platéia começa a entoá-lo, com Obama dando o compasso, e o coro vai se agigantando até ganhar um clima de transe coletivo
"We are the ones we’ve been waiting for"
(Literalmente: "Somos aqueles por quem estávamos esperando")
É uma frase recorrente do candidato. O truque retórico, aqui, é dar à sua campanha e à sua candidatura uma aura de obra coletiva. Em inglês, a frase tem um eco de sermão religioso, como uma profecia prestes a se realizar
"…if you are ready for change"
(Literalmente: "…se vocês estão preparados para mudar")
Obama encerra promessas com esse bordão. O apelo, aqui, é encobrir o tom de que o candidato está tentando convencer a platéia e parecer que faz um convite despretensioso – mas fica implícito que só não o aceita quem não está sintonizado com seu tempo
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/110608/p_092.shtml>. Acesso em: 8 de junho 2008.
Talvez, o maior empecilho para a vitória de Barack Obama seja carregar o sobrenome “Hussein”, tão famigerado pelos americanos. Ironias de lado: Acredito que Obama será a “cara nova” de uma “política igual” dos Estados Unidos. Mas quem sabe Obama não seja uma simbiose dos espíritos de Martin Luther King e John Kennedy.
Um comentário:
Se eu fosse você, mostrava seus textos a alguém que possa qualificar pra te dar algum lugar em algum jornal, porque você escreve MUITO bem :)
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