domingo, 8 de junho de 2008

Hillary Clinton rende-se à popularidade de Barack Obama.

Após briga acirrada pela vaga à disputa presidencial norte-americana pelos Democratas, Hillary Clinton admitiu a derrota para Barack Obama e garantiu apoio ao candidato. Ante a popularidade de Obama, angariada com sua simpatia peculiar, Hillary não tinha armas que evitassem a escolha do primeiro candidato negro da história da democracia dos E.U.A.

Em voga em todos os jornais do mundo, as eleições nos Estados Unidos são, de fato, de interesse mundial, devido a força econômica e cultural estadunidense. Aos interesses do Brasil, cabe dizer que a política externa americana tende a manter-se como está independentemente do candidato vitorioso nas eleições oficiais do dia quatro de novembro. Com toda a burocracia que envolve o pleito, a política metodicamente aplicada pelos americanos pode ser um exemplo para o Brasil. Porém, o nosso mimetismo dá-se apenas no âmbito cultural das grandes potências. No Brasil, o processo eleitoral é construído em atitudes escusas e improbidades dos partidos. A constante troca de partido pelos mandatários foi um grande problema extirpado da política nacional nesse ano, entretanto ainda tem-se muito a melhorar. O pluripartidarismo brasileiro podia tornar-se bilateral, como uma forma de traçar planos concisos de governo e diminuir a lambança de valores que se vê nos partidos: uma infinidade de siglas que criam dogmas desnecessários e facilitam o processo de ilegalidades no processo eleitoral. À ótica simples, a forma de fazer política americana é que precisa ser observada. Sem loas, não há nuanças que diferem os ideais democratas e republicanos. Diferentemente dos conflitos “ideológicos” que há no Brasil, os Estados Unidos é unificado e conservador no simples ideal de nacionalismo genuíno, que falta ao brasileiro desde o Estado Novo.

Alguns aforismos que mostram o espírito nacionalista da retórica de Obama, fugidia, como exceção à regra, no governo Bush:

"Yes, we can"
(Literalmente: "Sim, nós podemos")
É o grito de guerra de Obama. A frase é concisa, as palavras são curtas, o ritmo é marcado. Nos comícios, a platéia começa a entoá-lo, com Obama dando o compasso, e o coro vai se agigantando até ganhar um clima de transe coletivo

"We are the ones we’ve been waiting for"
(Literalmente: "Somos aqueles por quem estávamos esperando")
É uma frase recorrente do candidato. O truque retórico, aqui, é dar à sua campanha e à sua candidatura uma aura de obra coletiva. Em inglês, a frase tem um eco de sermão religioso, como uma profecia prestes a se realizar

"…if you are ready for change"
(Literalmente: "…se vocês estão preparados para mudar")
Obama encerra promessas com esse bordão. O apelo, aqui, é encobrir o tom de que o candidato está tentando convencer a platéia e parecer que faz um convite despretensioso – mas fica implícito que só não o aceita quem não está sintonizado com seu tempo

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/110608/p_092.shtml>. Acesso em: 8 de junho 2008.

Obama não falou sobre um suposto convite à Hillary Clinton para ser sua vice. Contudo, [...] declarou que a ex-primeira-dama "estará no primeiro plano" da luta do Partido Democrata para as eleições presidenciais de novembro. [...]

Talvez, o maior empecilho para a vitória de Barack Obama seja carregar o sobrenome “Hussein”, tão famigerado pelos americanos. Ironias de lado: Acredito que Obama será a “cara nova” de uma “política igual” dos Estados Unidos. Mas quem sabe Obama não seja uma simbiose dos espíritos de Martin Luther King e John Kennedy.

Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.

Um comentário:

Unknown disse...

Se eu fosse você, mostrava seus textos a alguém que possa qualificar pra te dar algum lugar em algum jornal, porque você escreve MUITO bem :)