terça-feira, 28 de outubro de 2008

Teatro e Liberdade

A Cia. Teatral Cômico apresentou a peça “100% Humor” no teatro Maestro Gaó, sábado, dia 25, em Salto, São Paulo. A peça consiste em improvisações teatrais e é baseada no programa americano “Whose Line is It Anyway”.

A companhia surgiu em janeiro de 2003 a partir da junção de diferentes grupos amadores de Salto.

Assim como as demais faces da arte, teatro é, sobretudo, liberdade. Desde as célebres tragédias clássicas de Ésquilo e Sófocles, a liberdade de expressão foi o motor dessa arte milenar. A idéia do grupo saltense dá asas à liberdade teatral pela interatividade entre público e palco.

Após a apresentação de sábado, o empresário Luiz Caggiano, 50 anos, salientou a dinâmica da peça, dizendo que “cada apresentação é diferente da outra”, dando oportunidade ao espectador de assistir a peça mais de uma vez e senti-la de formas diferentes em cada apresentação. Os estudantes João André, 21, e Daniele da Silva, 17, disseram que a peça é “muito engraçada”.

Além da excelente apresentação e, consequentemente, do sucesso de público, o Grupo 100% Humor fez da liberdade genuína a essência da verdadeira arte. E, cuidado! Realmente eles podem te matar de rir...

O grupo se apresentará todo mês de novembro, aos sábados, sempre em sessão às 20:30, no teatro Montécnica, em Salto. Os ingressos podem ser adquiridos na Ourivesaria Ouro e Prata por 10 reais.

Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.

Fotos: Maurício Bueno.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A "Brisa" de Briseida.

A juventude de outrora tornou-se os homens de hoje. Aos poucos, esses novos homens criaram uma nova linguagem, novas ações, enfim, uma nova humanidade. Assim sendo, a vida tornou-se somente mito. Essa crença no enigmático construiu uma sociedade baseada em valores que não valorizam a própria realidade.


Os mitos gregos, como o de Briseida, que foi seqüestrada durante a Guerra de Tróia por Aquiles, depois que este matou seus três irmãos e seu marido, o rei Minos, mostram como os dogmas sempre caminharam junto com o espírito do Capitalismo moderno. Até que ponto é necessário destruir para construir?

Acreditar em utopias é confortável, porém não se muda nada somente à moda das idéias. É necessário mais. É imprescindível o equilíbrio tênue entre teoria e prática, aceitando o lugar-comum de uma em relação à outra, para que nossas vidas não sejam abaladas pelo furacão do Sistema ante a fraca brisa da mudança.

Analisando os fatos, precisamos mesmo é criar uma Nova Era, uma nova realidade prática através de novas teorias.

Com homens conscientes, a consciência se torna símbolo da própria arbitrariedade do ser humano.

Para que a Terra, em um futuro não muito distante, venha tornar-se inóspita e tenha um triste fim, nada melhor que criarmos novos homens. Para que, talvez, esses novos homens sejam, se não eternos, duradouros e conscientes da responsabilidade óbvia de todo homem na Terra: Gerar conhecimento para viver de forma sustentável, modificando a natureza de forma responsável.

Trocando em miúdos, precisamos postergar a patética ética social que cria monstros que se auto-destroem, para criar deuses que façam os mitos tornarem-se reais, e a vida, para muitos, tornar-se não mais uma velha ferida. Nesse contexto, a necessidade proeminente é fazer da sapiência a maior das ciências.


Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.