domingo, 30 de novembro de 2008

Jornalismo 2.0: Uma miscelânea de informação.

Na última sexta-feira, 21, na Casa do Barão, em Itu, realizou-se o evento promovido pelo portal www.itu.com.br sobre Jornalismo 2.0.

Jornalismo 2.0 é uma nova forma de fazer Jornalismo. Usando as várias fontes e recursos da internet, a nova tendência é saber pescar informações na avalanche do mundo digital e, com jornalistas versáteis, usar todos os recursos que o “planeta zero e um” pode proporcionar ao Jornalismo.

Esse novo mundo traz consigo a rapidez da informação - sem processos densos e intrincados. Afinal, o público não tem a responsabilidade com a verdade que as grandes mídias têm. Portanto, qualquer cidadão pode testemunhar um fato ou ouvir um boato, gravar no celular e posteriormente publicar através de blogs, ORKUT, youtube e similares. Dessa nova realidade surgem novos horizontes que atravessam um mundo ainda desconhecido no universo da Comunicação.

Durante todo o dia, excelentes palestras estimularam novas idéias para moldar a Comunicação Social para os próximos anos. Profissionais que entendem do assunto pensaram como será o cenário da imprensa para um futuro já presente.

Pollyana Ferrari, jornalista e doutora em Comunicação Social pela USP, mostrou de forma clara e contundente as tendências dessa nova idiossincrasia jornalística. Ela investigou o jornalismo online 2.0 com sutileza e concisão para um público sedento por conhecimento.

Armênio Guedes, jornalista e ex-dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB), ex-secretário de Luis Carlos Prestes, falou sobre as austeras ditaduras vividas no Estado Novo e no Regime Militar. Olga Sodré, psicóloga clínica e doutora em filosofia pela Sorbonne (antiga Universidade de Paris, na França), esmiuçou a obra do historiador Nelson Werneck.

Além desses, também participaram do debate: Alan Dubner, Anicleide Zequini, Cadu Lemos, Camila Bertolazzi, Carlos Piazza, Deborah Dubner, Fabio Steinberg, José Marcio Mendonça, Manoel Fernandes, Marcelo Coutinho, Mylton Ottoni, Roberto Mayer e Rodrigo Tomba.

A nova realidade jornalística está se transformado rapidamente, assim como o fluxo das informações correntes no mundo digital. Cabe aos jornalistas perpetrarem pelas florestas fechadas desse oceano de informações para criarem uma nova forma de fazer Jornalismo. E, a partir disso, produzirem a engrenagem que transformará o mundo pelas vozes dos arautos da verdade.

Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.

Fotos: Adriane Cacielle de Souza.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Lévi-Strauss: Cem anos de pensamento.

Claude Lévi-Strauss, etnólogo e antropólogo, é um dos maiores intelectuais do século XX. Na próxima sexta-feira ele completará cem anos de idade.

Conhecido como o fundador da antropologia moderna, o francês estudou durante três anos várias tribos indígenas no Brasil, fazendo várias excursões para o Centro-Oeste e o Norte do país. Em contato com índios cadiuéus, bororos e nambiquaras, começou a esboçar as bases do estruturalismo, corrente que revolucionou a antropologia em meados do século passado. Acompanhou também a incógnita morte do antropólogo americano Buell Quain, que estudou com ele as tribos indígenas na década de 1930. Quain foi encontrado morto, um suicídio aparentemente desconhecido, isolado em uma tribo brasileira.

As várias missões etnológicas e as experiências em Mato Grosso e na Amazônia foram contadas em seu terceiro livro "Tristes Trópicos" (1955), também considerado uma espécie de autobiografia intelectual. É tida por muitos como a obra-prima do etnólogo, em que ele fala de certa desilusão com alguns paradigmas do pensamento civilizado europeu.

Em "O Pensamento Selvagem" (1962), Lévi-Strauss demonstra que não há uma verdadeira diferença entre o pensamento primitivo e o moderno. "Não se trata do pensamento dos selvagens e sim do pensamento selvagem. É uma forma que se atribui a toda Humanidade e que podemos encontrar em nós mesmos, mas preferimos, no geral, buscá-la nas sociedades exóticas", explicou o antropólogo.

Por ser de origem judia, Lévi-Strauss se refugiou da Segunda Guerra Mundial nos Estados Unidos, em 1941, dando aulas em Nova York, onde conheceu o lingüista Roman Jakobson, que teve uma grande influência sobre seu pensamento.

Em suma, o estruturalismo apreende a realidade social como um conjunto formal de relações. Pretendendo, assim, chegar ao "modo de operação" do espírito humano.

Atualmente Lévi-Strauss vive recolhido no apartamento que viveu nos últimos 50 anos em Paris e recebe poucos amigos. Ele é extremamente tímido, mas tem uma grande capacidade de ouvir, o que é, de certa forma, uma dádiva. "Estamos num mundo ao qual já não pertenço. O que eu conheci, o que eu amei, tinha 1,5 bilhão de habitantes. O mundo atual tem 6 bilhões de humanos. Já não é o meu mundo".

Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

América Latrina

O Brasil elegeu um metalúrgico beberrão, a Argentina, uma populista “santinha”, a Bolívia, um índio sultão da cocaína, a Venezuela, um golpista demagogo, e o Paraguai, um bispo de passeata.

Assim caminha a América Latrina...

Pelas privadas fétidas de seus banheiros de rodoviária...

Com seus ridículos ridicularizados pelo seus próprios ridículos...

E as vozes latinas clamam: LIBERDADE LATINA À LATRINA!

Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O índio do gelo.

Além de um conhecimento profundo da vida e dos hábitos dos animais, os índios possuem técnicas que variam de povo para povo. Os esquimós têm uma cultura muito rica, principalmente com relação à caça. Eles se distiguem dos demais povos indígenas pelo clima gélido do seu habitat e, consequentemente, pelas técnicas de sobrevivência diferentes dos demais indígenas.

Eles habitam as terras árticas e compartilham o mesmo habitat natural com o urso polar há milhares de anos. Além de caçar esses carnívoros para utilizar sua carne e sua pele, essas populações do hemisfério norte assimilaram, ao longo dos séculos, muitos hábitos do urso polar na luta pela sobrevivência: pegar as focas, descolar-se na superfície gelada e construir casas que protejam do rigoroso frio do ártico. Abater um urso polar é uma das maiores provas de coragem para os esquimós. Ajudado pelo seus cães e empunhando apenas uma rústica lança, o caçador do Ártico enfrenta esses temíveis predadores. Os esquimós possivelmente aprenderam a construir os iglus (cabanas de gelo) observando as tocas ou cavernas que o urso polar escava na superfície congelada. A pele do urso polar constitui o melhor meio de proteção contra o frio polar. Esse tipo de agasalho é muito comum entre os esquimós e até hoje os cientistas não conseguiram produzir um vestuário sintético capaz de aquecer o corpo humano tanto quanto a pele desse enorme animal.

O documentário "Nanook of the North" mostra bem a realidade de um esquimó com sua família. Filmado em 1922 por Robert Flaherty, o filme é considerado o primeiro documentário cinematográfico.

O poder de adaptação do homem é realmente fantástico. Na tela lívida e muda de “Nanook”, Flaherty mostra fantasticamente alguns exemplos dados pelos esquimós: Como a vida é maravilhosa e que viver de forma consciente não é tão difícil como pensamos. No entanto, os homens civilizados insistem em viver na prisão da vida moderna que, entre outras coisas, abstém o simples pensamento livre, que gera a consciência.

Assim como os esquimós, os homens civilizados também lutam pela sobrevivência. A única diferença entre eles é que o homem civilizado não dá valor ao seu habitat natural, eles apenas constroem a destruição e destroem o construtivo, tornando a vida biodegradável.

Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Decisão, recessão e Humanização.

O novo governante dos Estados Unidos da América será decidido hoje. O vencedor do pleito encontrará a maior economia do mundo às caras de uma recessão mundial. À economia debilitada soma-se a má aceitação do atual presidente, George W. Bush.

Entre as tantas insistências no "errado" do legado de Bush, como a Guerra no Iraque, os americanos acordaram para a necessidade de mudança. Essa mudança foi canalizada na jovialidade do democrata Barack Obama - que muitos consideram o híbrido de Martin Luther King Jr. (1929-1968) com John Kennedy (1917-1963). Liderando as pesquisas com 51,6%, Obama tem grande possibilidade de assumir a Casa Branca em 20 de Janeiro e trazer de volta o sonho americano.

O 44º presidente dos Estados Unidos enfrentará a pior recessão econômica desde o crack da Bolsa de Nova York, em 1929. Se já não bastasse, os americanos têm demonstrando inquietação sobre ameaças terroristas e pessimismo com relação a questões internas. “O eleitorado americano - em geral reticente a mudanças fundamentais - está hoje mais apreensivo com a continuidade do processo”, disse Daniel Gotoff, sócio da Lake Research Partners, em entrevista ao The New York Times, na sua edição de hoje.

Em meio à turbulência, o eleitorado está agora mais temeroso da continuidade da situação vigente. As pesquisas mostram que somente 19% dos americanos acreditam que o país está no caminho certo - o índice mais baixo em uma década (em julho de 1997, 44% dos americanos acreditavam que o país estava na direção certa e apenas 40% julgavam que estava no caminho errado). Agora, um total de 68% acredita que o país está no caminho errado.

O aumento da insatisfação ds eleitores deu origem a esse desejo palpável de mudança em três frentes cruciais: aumento da segurança internacional e nacional, prosperidade compartilhada em questões de economia interna e maior prestação de contas do governo ao povo que pretende servir.

Um mundo transformado: a maior economia do mundo não é mais baluarte, um negro, ao que tudo indica, governará a nação quimérica na sétima arte e o mundo se esvai por toda parte. O mundo precisa de mais uma transformação: A transformação da consciência humana diante da iminência de sua autodestruição. A sobrevivência da raça humana no planeta Terra, o maior problema da História da Humanidade, parece não estar em primeiro plano na pauta presidencial americana. God, please, save us of this invisible monster. Just Humanization could be save our lifes.

Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.

sábado, 1 de novembro de 2008

Carnaval fora de época: O ópio da juventude moderna.

Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. O Carnaval francês tem nos desfiles de corsos, nas batalhas de confete e nos espetáculos de marionetes e de teatro de rua, seus pontos de maior atenção, concentrando-se principalmente na cidade de Nice. Nova Orleans (E.U.A), Toronto (Canadá) e Rio de Janeiro se inspiraram no Carnaval francês para implantar suas novas festas carnavalescas.

A palavra "carnaval" está relacionada com a idéia de "afastamento" dos prazeres da carne marcado pela expressão "carne vale", que acabou por formar a palavra "carnaval" a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica.

Paradoxalmente aos preceitos católicos, no Brasil, a cultura do carnaval ultrapassou não só os limites etimológicos mas, também, os limites de um período determinado durante o ano para seus festejos. Os carnavais fora de época têm como objetivo levar diversão aos amantes da alegria. Entretanto, o "carnaval das micaretas" deixou de ser um evento cultural para ser simplesmente evento, ou seja, apenas uma empreitada que resulta na subjugação do ser humano diante de si mesmo, tornando, assim, um ópio amargo de tristeza que aparenta ser doce de alegria.

Com a miríade de problemas da Sociedade moderna precisamos realmente fugir tanto da realidade com essas pseudo-alegrias? Esquecer do outro, esquecer dos aspectos humanos, ignorando seus problemas, é, acima de tudo, esquecer de nós mesmos, é nos afastar covardemente da nossa própria existência. A nossa liberdade também prende.

Os anseios dos seres humanos mostraram, no curso da História, que, muito além de alegria, buscamos felicidade plena. A publicidade desses eventos, "vendem" uma "felicidade" efêmera como sendo absoluta. E grande parte dos jovens gostam desse tipo de evento, alimentando o monstro do absurdo e, portanto, tornando-o aceitável. Se a esperança são os jovens...

Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.

"Dá pra brincar, dá pra comemorar,
Só não se sabe muito bem por quê.
Entrou de cara na realidade,
Na quarta-feira que eu quero ver..."

Trecho da música "Mucama" da banda Cidade Negra.