Quão moderno se acha o homem? A superação é o objetivo constante que o leva a conhecer e superar fronteiras dia após dia em busca de novos recursos, novas tecnologias ou simplesmente a busca pela felicidade.
Nesses tempos em que inovação é imprescindível para se destacar em qualquer que seja a profissão, poucos se importam com a natureza, que é o princípio ativo da vida humana.
Há uma guerra de vaidades e poderes que cegam as oligarquias e nos fazem refém de uma corrida insana por benefícios diplomáticos e lucros financeiros. A usura dos países desenvolvidos sobre os emergentes se dá, também, por essa soberba sem precedentes.
O desenvolvimento industrial, na maioria das vezes, se dá irrelevante às florestas, aos rios e aos animais, que, muitas vezes, têm seu habitat destruído hediondamente para dar lugar às novas grandes indústrias.
A ONU (Organização das Nações Unidas), criada logo após a Segunda Guerra Mundial, em São Francisco, na Califórnia, é composta por líderes de mais de 50 países, e tem como objetivo, principalmente, manter a paz mundial e garantir os direitos humanos. A Declaração Universal dos Direitos do Homem da ONU afirma: "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.” Esse espírito de fraternidade iniciado com a filosofia de John Locke, no séc. XVII, está obsoleta e é motivo de desdém aos mais extremados burgueses e diplomatas contemporâneos _que nunca deixam claro essa idéia fascista, implícita em suas atitudes. Em suma, os direitos humanos geridos pela ONU têm como objetivo preservar a vida. E não destruí-la como nota-se todo dia e em todo lugar. Afinal, sem vegetação, sem rios e sem fauna, a sobrevivência humana é impossível no planeta Terra _também conhecido como “planeta Água”.
Já se fala em “Desenvolvimento Sustentável”, que é o simples fato de atender às necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de que as gerações futuras satisfaçam as suas próprias necessidades, ou seja, preservar a vida. Porém, quando esse “desenvolvimento” pesa, ou melhor, deixa de pesar, nos bolsos dos grandes empresários tudo se torna balela e eles sempre saem incólumes.
Certa vez, Voltaire, grande filósofo, e um dos precursores das idéias iluministas do séc. XVIII, disse: "A paz é o fruto da tolerância". Em tempos de extremismos colossais em busca de poder e capital, podemos discordar de Voltaire. Se continuarmos “tolerando” esse “nonsense capitalista”, a raça humana estará cavando sua própria cova.
A vida está refém do poder. E o poder, com todas as suas armas, pode paliar o ocaso. Permutando o termo modernidade para mortandade.
Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u408095.shtml