
A religião sempre foi alicerce de todas as civilizações. Desde a Babilônia até os dias de hoje, o denominador comum entre tempo e fé sempre foi a preservação da vida, sobretudo a humana. A morte só é aceitável quando ocorre naturalmente. Os transgressores desta lei natural pagam caro perante a lei humana, como no caso do artesão José Vicente Matias, o Corumbá, assassino confesso de seis mulheres em quatro Estados do país, que foi condenado em 2008 a 23 anos de prisão em Goiás. A população sempre aplaude decisões judiciais como esta.
Mas, o que a sociedade sente ao ver nas telas o ator Tom Cruise no grande sucesso Missão Impossível? A imagem assimilada é de um homem forte, inteligente e corajoso, que não mede esforços para salvar o mundo de terríveis terroristas. O cinema nacional apresentou ao mundo, através da memorável atuação de Wagner Moura em Tropa de Elite, o intrigante líder do BOPE, que, com pulsos de ferro, travou batalhas diárias nos morros cariocas para garantir a ordem.
O Capitão Nascimento dividiu opiniões pelos seus métodos de tortura e execução ao combater o tráfico de drogas. Já o personagem de Tom Cruise chega a matar cerca de quarenta pessoas em Missão Impossível. O ponto de vista social foi distorcido pelo nível de "realidade" dos dois filmes, levando a aceitação do personagem de Missão Impossível e a rejeição do personagem de Tropa de Elite. Basicamente, as diferenças são insignificantes para justificar as dissensões. Afinal, ambos são assassinos frios.

A opinião pública sempre foi manipulável. Aqueles que argumentam de forma coerente, com discurso de "mocinho" durante o enredo, conseguem transformar assassinos em heróis e ladrões em ícones admiráveis. A sociedade sempre aclamará a coragem de Che Guevara ou a força e fé de Joana D’arc. A moral, através dos "bons costumes", constrói novos conceitos sociais, deixando de lado o simples fato de que o ser humano é invariavelmente simples de coração. Nós construímos mitos. Nós criamos monstros. Nós alimentamos a dor.
Por: Adriane Cacielle de Souza e João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.
6 comentários:
Merece os parabéns. Ótimas idéias e um português impecável. Acompanho o blog há tempos por indicação de um amigo. Hoje resolvi comentar. E, mais uma vez, parabéns pelo trabalho. De jovens assim que o Brasil precisa! Abraço, João.
Fala, João!
Ótimo texto. Concordo plenamente.
Quando der, comente no meu blog. Fala sobre Direito (principalmente), mas são temas de interesse pra todos nós.
Abraço.
Nairo.
É amigo...uma obra impecável com uma pequena pitada de nós dois. Legal isso né? hahaha
Beijos.
Parabéns aos dois. Excelente artigo!
Que bom saber que tenho uma pessoa com capacidade feito a sua por perto para conversar... ainda mais alguém de opinião como a sua.
Na verdade, o que rola é mais é a massificação da opinião, nesse sentido. Nada pior do que informações processadas e/ou mastigadas.
João
Gostaria de colocar um link do seu blog em nosso site (www.correiodoslagos.com,br).Gostei muito de seu texto e acredito que iria se somar ao nosso projeto. Se permitir basta nos enviar um e-mail: carlosalbertoalves@gmail.com.
Abs e siga em frente,
Carlos Alberto
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