sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A liberdade infundada de uma imprensa reacionária.

Em mais uma de suas trapalhadas jornalísticas, VEJA, a revista semanal mais vendida do país, salvaguardou seus conceitos estapafúrdios e contraditórios de liberdade.

A matéria publicada na edição 2096, de 21 de janeiro do ano corrente, intitulada "A Invenção de Niemeyer", arranhou sutilmente a arbitrariedade humana, usou erroneamente a seção "Cultura" e, de quebra, desrespeitou o grande Niemeyer, de 101 anos, em uma matéria de relevância nula.

Mais importante que criticar acintosamente (e ironicamente, diga-se de passagem) o artigo assinado por Oscar Niemeyer, seria, em uma seção carimbada como "Cultura", expor distintas visões sobre determinado assunto, dando ao leitor as asas do discernimento.

Não se sabe as razões do "fetiche" arrogante de VEJA. Porém, o prestígio estruturado pelos 42 anos de história da revista salienta um refúgio para os valores vistos do próprio umbigo. Uma mídia que impõe quando deveria apenas expor. Dessa forma, a Editora Abril demonstra, mais uma vez, que não ultrapassou a linha entre absurdo e razão, não podendo receber nada além de adjetivos para uma quarentona arrogante que se acha dona da verdade.

Em sua última edição (4 de fevereiro), o nome de Oscar Niemeyer estava novamente presente. E, coincidentemente ou não, sendo novamente criticado. O nome do arquiteto centenário estava no "desce" da seção "SobeDesce" somente porque o Ministério Público ameaçou vetar a construção de um de seus inúmeros projetos.

Só resta saber o motivo pelo qual o Grupo Abril está tentando denegrir a imagem de um homem que já provou, em ações humanas, ser melhor do que a corja de mesquinhos que rondam o Quinto Poder como ratos que rondam os alimentos das dispensas das casas.

A grande imprensa continua pequena, gerida pelo jornalismo minúsculo, que é a estrutura óssea de uma sociedade hipócrita. Todavia, ainda há leitores que têm olhos de serpente. Estes sabem que a ditadura latente destrói almas com a mesma intensidade que uma miríade de armas químicas.


Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.

3 comentários:

Rayneci Vidal disse...

Concordo com você: realmente "a grande imprensa continua pequena". Parabéns pelos olhos de serpente!

John Meira. disse...

E tudo é tão influenciável...
nessa terra tupiniquim, a mídia comanda e, pior, é enaltecida por incautos que se julgam cultos.

hmpf.

Cenário tolo.

Unknown disse...

Oscar Niemeyer é um esquerdista idiota mesmo e suas obras são feias pra caramba!