sexta-feira, 15 de maio de 2009

Assembléia Popular: Que horas são meio-dia? (2ª parte)

Toda atividade humana, principalmente de caráter empresarial, tem efeitos ambientais. Há algumas décadas, a geração de poluentes pelas empresas era entendida como uma consequência inevitável nos processos industriais, o que provocou um grau de deteriorização ambiental acentuado em muitas regiões do mundo.

Porém, nos dias de hoje, esse cenário se mostra cada vez mais insustentável. Os impactos ambientais levados a cabo pelo modo de produção capitalista ultrapassa tudo o que razoalvelmente entendemos - o tão falado "Aquecimento Global" é o principal exemplo.

A partir de 1972, na I Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, pensou-se no Sistema de Gestão Ambiental como alternativa para os problemas enfrentados pelas empresas: aumentar a produção sem alterar as condições naturais do meio ambiente. A resultante disso foi a criação de órgãos de proteção ambiental em diversos países. No entanto, a tentativa de controlar os impactos ambientais provocados pelas atividades capitalistas caiu por terra quando saiu do campo das idéias e experimentou o mundo prático. O capital é a chave-mestra que liga todas as engrenagens do Sistema.

Algumas empresas começaram a perceber que gerar resíduos é sinônimo de perdas econômicas a longo prazo, pois isto representa desperdício de matérias primas, água e energia, criando gastos adicionais com o tratamento, armazenamento e disposição final dos resíduos. Aquém dos riscos potenciais à saúde pública e ao meio ambiente, as empresas simplesmente ignoraram os órgãos de proteção, que, por sua vez, não se importaram com seu próprio intuito.

No seu estágio imperalista, o capitalismo, mais que expandir os mercados, quer manter as taxas de lucro e os antagonismos sociais no plano estratosférico. Os resíduos gerados pela produção - que podem provocar graves acidentes ambientais quando manuseados ou dispostos de forma inadequada - pouco importam desde que não alterem as taxas de lucro. Nessa concepção, o lixo é apenas uma consequência frívola aos olhos dos detentores dos meios de produção.

Enfim, parece claro que uma boa conduta ambiental é indispensável para uma relação salutar entre o homem e o meio. O setor industrial dá as costas às necessidades e dispensa perspectivas que não passem pelos caminhos da expansão do capital. Portanto, é dever das massas se revoltarem ante mais uma das aberrações geradas pelo capitalismo. A maioria pode vencer.

É hora de levantar da cadeira. É hora de ir às ruas. É hora de lutar por um Brasil, e um mundo, mais justo! A hora é agora! Que horas são meio-dia?

Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.

2 comentários:

Daniele Oliveira disse...

Gá me faz ter delírios verbais.
Pena que você não ta aqui pra ver minha cara de " muito bom ".

Anônimo disse...

João, passei por aqui.
Sandro.