domingo, 2 de agosto de 2009

Século XXI: O Século da Interrogação!?

A primeira década do século XXI está chegando ao fim e ainda assim não temos uma idéia concreta sobre o futuro da sociedade humana. Há muitas nomenclaturas para o "século da interrogação". No entanto, há pouca clareza no que se refere aos problemas da realidade.

Nem a Filosofia nem a Ciência conseguiram alcançar respostas substanciosas sobre os impropérios da vida social moderna. Alguns falam em "pós-modernismo", outros em "cybermodernidade", mas tudo isso desagua na simples idéia de indefinição.

Em uma megalópole como São Paulo, milhões de pessoas, além de trabalhar no mínimo 8 horas por dia, perdem horas em ônibus e metrô. Se um cidadão acorda às 5 da manhã para chegar ao trabalho às 7, almoça fora de casa e ainda enfrenta uma tremenda maratona para chegar em casa às 19, - levando-se em consideração que um ser humano necessita em média de 8 horas para dormir - parece óbvio que este cidadão não tenha tempo para si mesmo e, assim, também não haverá tempo para pensar sobre os problemas ambientais e sociais que o afligem. É o instinto de sobrevivência, pois a necessidade essencial de um homem adulto é alimentar sua família. Por este prima, o problema se mostra ainda mais complicado.

Talvez este seja o grande empecilho, em um mundo globalizado em que só se vê um totalitarismo latente subsidiado pela falta de esperança, para que a América Latina tome as rédeas do desenvolvimento humano que sempre se manteve coadjuvante diante da prepotência arrogante dos europeus e do fetichismo insensato dos norte-americanos. Pois nas cabeças do terceiro mundo há esperança. E há, sobretudo, resistência.

Com a crise econômica mundial a situação se agravou consideravelmente, visto que a principal consequência da atual "crise" é uma maior estratificação social e, consequentemente, o aumento do custo de vida daqueles que mantinham uma situação econômica "aceitável".

Os principais meios-de-comunicação maqueiam a verdade e insistem na balela de que o desnecessário é imprescindível. Muitos literatos do século XX, como os ingleses Aldous Huxley e George Orwell, concebiam "visões de futuro" que, nos dias de hoje, são uma gigantesca lacuna. A revolução digital contribuiu efetivamente para aumentar esta lacuna principalmente após a ascensão das redes sociais e da chamada cybergeografia.

Nunca houve um momento na História em que seja tão necessário uma revolução de pensamento, pois as circustâncias deixam claro que as definições são a única hipótese para que o maior número de pessoas compreenda a gravidade do problema.

Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.

7 comentários:

Nairo Lopes disse...

Olá, João!
Novamente, um ótimo texto. E na mesma (e inevitável) linha de pensamento. A que muito me interessa também.
Dê uma olhada nos videos do meu blog (Ilha da Flores). Muito interessante.
ATé mais!

Nairo Lopes disse...

Verei o vídeo JOão.
Quando puder, dê um cálice de opinião às novas postagens do blog.
Abraço!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

DISTOPIA!!!!!!!

Eu, amigo deste ai q escreve neste blog respondo perguntas de sua interrogação com um grito: "è tudo uma distopia!!!" bem como nos livros de autores citados. Sabe ele que minha mania é ir pro meio do mato fugido da caverna de pedra edificada com suor de quem passa fome e perdeu a vida por isso. Mato, roça... Será q não é pra la que devemos voltar ja que parece q quanto mais nos distanciamos de lá mais nos fodemos["progredimos ordenadamente"]???hehe
Aqui na caverna me da uma sensação de tempo perdido, nao tem por que lutar, pra que lutar, só há para QUEM lutar, e na verdade para que lutar??? Até essa "luta" deve ser travada nos moldes que nos forçaram estar. Se a busca afinal seria uma tal de "felicidade", por que temos vergonha dela? por que do medo de correr, brincar, gritar, andar pelas ruas de onde fui enfiado do jeito q EU preferir andar? nossas atitudes proprias foram destituidas ainda quando crianças. Crianças, essas sim são felizes. Agente perdeu a "criancisse" de brincar, de sentir. Nossa percepção foi limitada e agora só sentimos o q nos ensinaram...
Abram, arrombem, pulem as portas!!!

Venho ainda ilustrar com um trecho de musica muita coisa:

"Eu vivo preso
A sua senha
Sou enganado
["seu" dinheiro q voce "luta"(ou se perde) tanto por ele na verdade fica na mão da senha do banco. bom para os seus gerentes]

Eu solto o ar
No fim do dia
Perdi a vida
[no fim do dia o alivio de ter "batalhado" pela sua sobrevivência que no final do mês não percebe q não mais te pertence]

Eu já não sei se sei
De nada ou quase nada

Eu só sei de mim
Só sei de mim
Só sei de mim
[e do MEU dinheiro]

Patrão nosso
De cada dia
Dia após dia"

pergunte então: o que fazer???
queria saber também.
Se não me sinto feliz aqui, por que nao ser como eles me fizeram chamar:"radical", "louco", e fugir se isso me fizer feliz???
Monte uma casa de bambu e barro, coma comidas caseiras e naturais plantadas no quintal, talvez até venda artezanato para sua subsistencia(talvez nem seja nescessario) e viva feliz.
Depois chame seus amigos para apresentar-lhes uma diferente feicidade...

Por BrunoL.

Unknown disse...

eu acho q eu merecia um post mew...
uehueheue

Penélope disse...

Meu caro,
Sou sua fã, pela qualidade dos artigos que apresenta nestas páginas e pelo trabalho que vem prestando frente a uma sociedade entorpecida de pensamentos consistentes.
Parabéns!
Abraço
Malu
P.S.: Havia tempo que queria te linkar e agora o fiz