
Dubcek defendia um socialismo "desestalinizado" no país, removendo os vestígios de autoritarismo, que considerava anomalias crônicas do sistema socialista.
[...]O secretário-geral do partido prometeu uma revisão da Constituição, que garantiria a liberdade do cidadão e os direitos civis. A abertura política abrangia o fim do monopólio do partido comunista e a livre organização partidária, com uma Assembléia Nacional que reuniria democraticamente todos os segmentos da sociedade tcheca. A liberdade de imprensa, o Poder Judiciário independente e a tolerância religiosa eram outras garantias expostas por ele.
A população apoiou as propostas de Dubcek. Acreditava-se que era possível transformar, pacificamente, um regime ortodoxo comunista para uma social-democracia aos moldes ocidentais. Com estas propostas, Dubcek tentava provar a possibilidade de uma economia coletivizada conviver com ampla liberdade democrática.
A União Soviética, temendo a influência que uma Tchecoslováquia democrática e socialista, independente da influência soviética e com garantias de liberdades à sociedade, pudesse passar às nações socialistas e às "democracias populares", mandou tanques do Pacto de Varsóvia invadirem a capital Praga em 20 de agosto de 1968. Dubcek foi detido por soldados soviéticos e levado a Moscou. Na cidade de Praga a população reagiu à invasão soviética de forma não violenta, desnorteando as tropas. A organização quase espontânea foi em parte liderada pela cadeia de vários pequenos transmissores construídos às pressas por membros do exército tcheco e aficionados por radiotransmissores: a Rádio Tchecoslováquia Livre. Cada emissora transmitia instruções para a população por não mais que 9 minutos e depois saia do ar, dando o espaço para uma outra, impossibilitando assim a triangulação do sinal. Suas instruções eram para a população manter a calma e sobretudo não colaborar com os invasores. Os russos ainda tentaram trazer uma potente estação de rádio para criar interferências nos sinais, porém, os ferroviários tchecos com uma extrema negligência, atrasaram a entrega e quando a estação chegou ao seu destino estava inutilizável.

A paralisação dos trens, interrompeu a comunicação com os países aliados e para evitar que os tanques chegassem até Praga, as placas foram invertidas e depois pintadas com uma tinta fácil de raspar, quando os soldados raspavam as tintas para verem a indicação correta, acabavam indo na direção de Moscou.
Enquanto isso, os raptores contavam a Dubcek que a população tcheca estava sendo massacrada como fora a população húngara 12 anos antes, o que o levou a assinar um acordo de renúncia.
As reformas foram canceladas e o regime de partido único continuou a vigorar na Tchecoslováquia. Em protesto contra o fim das liberdades conquistadas, o jovem Jan Palach ateou fogo ao próprio corpo numa praça de Praga em 16 de janeiro de 1969.[...]
A conduta humana, quando recebe algo em contrapartida aos seus interesses, vê-se na obrigação de censurar, de atacar, de guerrear. A ação soviética em Praga foi apenas uma das tantas argüições dos detentores do poder mediante o risco de perdê-lo.
Hoje, no Brasil, o presidente Lula e a cúpula do PT (Partido dos Trabalhadores) não acreditam, mas ponderam um terceiro mandato para a situação. Embora sem muita veemência, essa hipótese já é por si só um acinte aos brasileiros, podendo tornar-se fato. Entanto, espera-se que a constituição não seja ferida por um ou dois patifes da politicagem, mantendo, assim, a democracia. Na Bolívia, há também o insensato Hugo Chávez que continua pregando a “revolução bolivariana” com sua arrogância de típico caudilho sul-americano. Está aqui. Bem perto de nós. No Brasil, na América do Sul.
O problema do poder é esse seu poder de cegar os homens para o bem-comum. É o poder de deixá-los fechados em si mesmos.
E pergunto-lhes: O que seria mais fatídico e lamentável: as torres gêmeas norte-americanas sucumbidas pelos incógnitos aviões no “11 de setembro” ou o “20 de agosto” que marcou o triste ocaso de uma primavera que poderia ser eterna?
Saiba mais:
http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=6821&Itemid=121
Por: João Gabriel Rodrigues e Figueiredo.
4 comentários:
Dessa vez eu li metade...
to progredindo!!
xD
hehehhee
sorte smpre aí.
Não esqueça de avisar quando vier,
abração.
Uma aula de história que, de modo conciso, mostra-nos que o jogo de interesse presente nas cúpulas governamentais acaba sempre tolhendo as pessoas, destruindo desse modo as vontades da população e impondo um governo ditatorial disfarçado de uma social-democracia.
Cara, você é foda!
nossa... prometo q volto pra terminar...
mas confesso que vc fez com q minhas revoltas sobre coisas casuais do dia-a-dia parecessem taum inuteis...
mas td bem...acontec...
nem tds tem o msm dom pra entender o q se passa fora do próprio mundinhu!!
Parabéns...
eu volto hein ^^
Postar um comentário